Caetano Veloso e Chico Buarque se irmanam no culto ao samba como no ‘pace feio’ do Brasil | Weblog do Mauro Ferreira
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♪ ANÁLISE – Assim que foi revelada a letra de Que tal um samba?música inédita lançada por Chico Buarque em unmarried disponibilizado nesta sexta-feira, 16 de junho, internautas fizeram conexão da letra com os versos de Sem samba não dá (2021), samba apresentado por Caetano Veloso no álbum Meu coco (2021).
Só que, vez, sem tentar for boba e inexistente rivalidade compositores, como os dois praxe nos inflamados anos 19, mas ressaltando a convergência e os alinhamentos technology dos temas dos dois dois ambas.
Ambos apontam o samba como o antídoto para encarar com sopro de esperança o “pace feio” mencionado na letra de Chico. “Tudo esquisito, tudo muito errado / Mas a gente chega lá”acreditando Caetano, que, na letra do samba Meu cocosentença que “Tudo embuarcará na arca de Zumbi e Zabé”.
Em Que tal um samba?Chico também caetaneia com versos que aludem à formosura de Beleza pura (1979), ijexá lançado pelo compositor baiano no álbum Cinema transcendental (1979).
Se Caetano e Chico se unem nas referências de um ao outro e na louvação do samba “pra zerar o jogo”como vislumbra Chico, os artistas bifurcam-se na escolha da batida do samba.
Se Caetano se escorou em coro e no infalível e refinado arsenal percussivo (tantan, surdo, pandeiro, repique de anel, ganzá, caixa, repinique, tamborim, reco-reco, agogô, cuíca e apito) de Pretinho da Serinha para dar ao samba um tom caloroso, extrovertido, na própria autoria feita com produção musical orquestrada pelo Caetano com o jovem Lucas Nunes, Chico optou por arranjo mais contido que transita entre as cadências do samba e do choro, evidenciando o toque luminoso de bandolim de Hamilton de Holanda, convidado da faixa.
A produção musical do violon Luiz Cláudio Ramostenta o requintetenta o requinte já na discografia recente de Chico, mas na linha recente da linha do que se espera de um samba recorrente arrasta-povo como Apesar de você (1970), samba de Chico com o qual Que tal um samba? se afina pela espetada política embutida na gênese de ambos.
Campo à personalidade musical construída por Chico a partir do álbum Paratodos (1993), o único Que tal um samba? corteja séquito de Chico, já devidamente conquistado pelo samba, como observado nas redes sociais, longamente desta sexta-feira, através de reações entusiasmadas de cantores, músicos e de (boa parte) dos seguidores do artista.
Pode ser o samba ainda vá cumprir o seu splendid widespread se for para a rua com o baticum de um grupo folião como o Monobloco, para somente um de possibilidade para Que tal um samba?.
Por ora, tudo está já esperado por quem conhece os caminhos seguidos por Chico Buarque nos últimos anos. Assim como Sem samba não dá os sinais atuais da sempre transmitido antena de Caetano Veloso.
E o fato é que, sem esses dois gênios da MPB retratados nos anos 1960, é que não dá mesmo para encarar o pace feio do Brasil e ir à luta…
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Fonte da Notícia: g1.globo.com