Filme ‘Manguebit’ foca a revolução musical de Pernambuco como agudo estado de consciência social | Weblog do Mauro Ferreira
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Direção e roteiro: Jura Capela
♪ Filme disponível gratuitamente em sessão on-line, até 26 de junho de 2022, na 14ª edição do In-Edit Brasil – Competition Internacional do Documentário Musical
♪ Há no filme Manguebit um depoimento que traduz bem a essência do documentário roteirizado e dirigido por Jura Capela. É Rogério Rogerman, fundador do grupo pernambucano Bonsucesso Samba Clube, caracterizando o movimento musical dos anos 1990 como um “estado de consciência”, quando uma tomada de atitude cultural.
É sob esse viés sociológico que Capela record o Manguebit, movimento grafado no título do nome com o nome unique, e não com a grafia Mangue Beata adotada pela mídia do Rio de Janeiro e São Paulo a partir de 1994, ano em que o lançamento do primeiro álbum de Chico Science & Nação Zumbi, Da lama aos caosfez a revolução extrapolar como Fronteiras do Recife (PE).
Com estética intencionalmente suja que evoca as imagens das fitas VHS da década de 1990, o diretor e roteirista depoimentos de nomes relevantes da cena musical pernambucana – Cannibal, Fred O4, Jorge Du Peixe, Lirinha, Otto, Roger de Reno e Togan, entre outros, além de take de entrevistas de Chico Science (1966 – 1997) – com trechos de presentations e clipes da época.
O formato do filme Manguebit é convencional, se revela a falta de satisfação porque as perspectivas sociais são verdadeiras em um único grupo de Recife (PE) e o movimento com a mas facetada de probabilidades de satisfação social.
Estreado em dezembro de 2021, dentro da programação da 23ª edição do Competition do Rioo filme vem sido mostrado em outras mostras ao longo de 2022, festejando 30 anos da existência do movimento para quem considera que o ponto de partida foi o texto Caranguejos com cérebroescrito por Fred O4, mentor da banda Mundo Livre S/A, e publicado em julho de 1992.
Escrito para publicar o movimento, o texto de 04 acabou alçado ao standing de manifesto por expor a ideologia dos mangueboys, enfim, por pensar o Manguebit como um movimento. Movimento que se beneficiou do império audiovisual da década de 1990.
O filme mostra a chegada da MTV no movimento (PE) concentrado impulsionou o movimento, primeiramente em reedições culturais da cidade, como já emprestada Soparia, parada noturna paraduto os recifenses que se preparam para a cidade ficar como antenados com a música surgia, enraizada nas tradições dos ritmos pernambucanos – simbolizados pelos tambores do maracatu – mas com os ouvidos abertos para os filhos do mundo.
Entre depoimentos que reverberam sensos comuns sobre o Mangue Beat, a entrevista de Karina Buhr se destaca por jogar luz sobre o machismo também enraizado nas mentes de alguns mangueboys. Percussionista de bandas como Comadre Fulozinha antes de se lançar na carreira em 2010, Buhr relatava que as mulheres do Mangue Beat enfrentaram “uma dificuldade grande de serem tratados de igual para igual”.
De fato, é como um movimento protagonizado por homens que o Mangue Beat irrompeu no Brasil a partir de 1994, extrapolando a fronteira da música e dialogando com outras formas de arte, como o cinema. Filme de Lírio Ferreira, Baile perfumado (1996) também é enfocado pelo diretorra Capela para mostrar a pluralidade artística de movimento que também sucumbiu ao conjunto da indústria do disco.
A Nação Zumbi recorda que a abordagem de Maracatu atômico (Jorge Mautner e Nelson Jacobina, 1973) no segundo e último álbum da banda com Chico Science, Afrociberdélia (196), foi fruto da música famosa96a Sony Track o repertório da discoteca incluiu uma regravação de música famosa. E, seja, fez uma pressão positiva o efeito benéfico, já que o maracatu lançado na voz de Gilberto Gil, duas décadas atrás se tornou naturalmente indissociável da Nação Zumbi então.
Sem se ater aos protagonistas do movimento, o diretor Jura Capela também da voz a outros músicos, como Cannibal, vocalista e baixista da banda punk Devotos. Mesmo dissociada do Mangue Beat no imaginário nacional, a banda também fez parte desse movimento pop que uniu jovens pobres que fizeram a música – cada um no próprio ritmo – uma arma para derrubar o apartheid social do Recife (PE), legitimando a tese de que , mais do que um som poderoso, o Mangue Beat foi um agudo estado de consciência de que technology preciso tomar uma atitude.
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Fonte da Notícia: g1.globo.com