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Ney Matogrosso transita entre o drama e a sensualidade em recital com o pianista Leandro Braga | Weblog do Mauro Ferreira

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Título: Ney Matogrosso – Voz e piano

Artistas: Ney Matogrosso com o pianista Leandro Braga

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Native: Teatro Prudential (Rio de Janeiro, RJ)

♪ Em 1979, Ney Matogrosso rasgou a fantasia e, de cara limpa, se confirmou um senhor cantor no display Seu tipo. Em 2022, esse senhor cantor nada mais tem a provar para ninguém. Ainda assim, é espantoso que, a pouco mais de dois meses do 81º aniversário, o senhor cantor proceed em cena com o brilho intacto, sem fantasia, com “a voz que Deus me deu” – como Ney reiterou no palco do Teatro Prudential na noite de ontem, 24 de maio, ao cantar Ela e european (Caetano Veloso, 1979) somente com o toque preciso do piano de Leandro Braga.

Canção ausente da discografia do artista, embora venha sendo eventualmente interpretada por Ney nos últimos anos, Ela e european foi uma das 14 músicas do roteiro seguido pelo cantor no recital que celebrou os três anos do Teatro Prudential, palco carioca de displays, peças e musicais.

“Tô nervoso, hein? Meu coração tá batendo”, confidenciou Ney ao público cantar após o samba-canção Último desejo (Noel Rosa, 1937).

Ninguém na plateia ter sido notado pelo cantor. Assim que entrou em cena para dar voz à canção De toda cor (Renato Luciano, 2016), pregando a diversidade sexual e humana, o cantor se mostrou seguro.

A leitura contínua das letras no teleprompter das letras limitadas o significados de versos em cenas, mas jamais empanou a força das projeções, até muitas dramáticas e pautadas por inflexões que acentuam os significados de versos ou mesmo deram novos sentidos às letras.

Com Ney, por exemplo, ficou à flor da pele o amor possessivo exposto nos versos da canção Nada por mim (Herbert Vianna e Paula Toller, 1985). A dramaticidade de Sim (Cartola e Osvaldo Martins, 1952) – samba-canção lançada há 70 anos na voz do cantor carioca Gilberto Alves (1915 – 1992) e revivido há 30 anos por Ney no álbum de 1992 em que interpretou o repertório do compositor Cartola (1908 – 1980) – deu o tom da maior parte do recital.

Só que, na voz de Ney, o peso do drama é alternado com a leveza da sensualidade, mote da interpretação do samba Amendoim torradinho (Henrique Beltrão, 1955) –número em que Leandro Braga batucou na madeira do piano – e do dengoso samba-canção Da cor do pecado (Boro 1939), cantado com direito à notas que pareceram suspensas no ar, recursoró acionar a últimamente pelo artista.

Com a súplica do choro Doce de coco (Jacob do Bandolim, 951, com letra de Hermínio Bell de Carvalho, 1968) e o filamento posterior da balada A distância (Roberto Carlos e Erasmo Carlos, 1972), um dos pontos mais altos de apresentação sem erros, Ney manteve uma plateia na mão, com ouvidos que permaneceram atentos até na música menos conhecida Um pouco de calor (Dan Nakagawa, 2005), tema incorporado ao repertório do cantor desde o display Inclassificáveis (2007).

Ney Matogrosso domina a cena com o ordinary magnetismo em display no Teatro Prudential no Rio de Janeiro — Foto: Pedro Ivo / Divulgação Teatro Prudential

Neste “display diferente”, assim caracterizado por Ney em cena para diferente o recital com Leandro Braga dos espetáculos turbinados com a potência sonora de grandes bandas, casos de Atento aos sinais (2013 / 2018) e do corrente Bloco na rua (201), Ney Matogrosso se escorou somente no magnetismo das interpretações e da própria figura do artista.

Após a bela lembrança de Poema (Roberto Frejat e Cazuza, 1999) – número em que o piano de Leandro Braga evocou o arranjo da gravação authentic do álbum Olhos de farol (1999) – e de dois hits do trio Secos & Molhados, de cujo repertório o cantor pescou as Pérolas nada raras Fala (João Ricardo e Luhli, 1973) e Rosa de Hiroshima (Gerson Conrad sobre poema de Vinicius de Moraes, 1973), Ney Matogrosso encerrou o display consagrado no palco do Teatro Prudential pelo público majoritariamente idoso ou de meia-idade, após uma hora de apresentação.

A plateia queria (muito) mais, mas o cantor foi firme ao dizer que cantaria somente mais uma música, Classificar (Celso Fonseca e Ronaldo Bastos, 1985), o que fez sem sair do palco. Sorte foi a do público por poder testemunhar a grandeza deste senhor cantor de quase 81 anos.

Ney Matogrosso canta 14 músicas em recital de voz e piano com Leandro Braga — Foto: Pedro Ivo / Divulgação Teatro Prudential

♪ Eis as 14 músicas do roteiro de Ney Matogrosso com o pianista Leandro Braga, em 24 de maio de 2022, no display que celebrou os três anos do Teatro Prudential na cidade do Rio de Janeiro (RJ):

1. De toda cor (Renato Luciano, 2016)

2. Nada por mim (Herbert Vianna e Paula Toller, 1985)

3. Último desejo (Noel Rosa, 1937)

4. Sim (Cartola e Osvaldo Martins, 1952)

5. Amendoim torradinho (Henrique Beltrão, 1955)

6. Doce de coco (Jacob do Bandolim, 1951, com letra posterior de Hermínio Bello de Carvalho, 1968)

7. A distância (Roberto Carlos e Erasmo Carlos, 1972)

8. Ela e european (Caetano Veloso, 1979)

9. Fala (João Ricardo e Luhli, 1973)

10. Um pouco de calor (Dan Nakagawa, 2007)

11. Da cor do pecado (Bororó, 1939)

12. Poema (Roberto Frejat e Cazuza, 1999)

13. Rosa de Hiroshima (Gerson Conrad sobre poema de Vinicius de Moraes, 1973)

14. Classificar (Celso Fonseca e Ronaldo Bastos, 1985)

Ney Matogrosso canta ‘Sorte’ no bis de display no Teatro Prudential — Foto: Pedro Ivo / Divulgação Teatro Prudential

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Fonte da Notícia

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Osmar Queiroz

Osmar é um editor especializado em tecnologia, com anos de experiência em comunicação digital e produção de conteúdo voltado para inovação, ciência e tecnologia.

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