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Por que a erupção de Tonga foi tão grande? Cientistas têm novas pistas

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Quão grande foi a erupção de janeiro do vulcão Hunga-Tonga? Quatro meses de ciência intensiva só aumentaram a escala. Você poderia apontar para os estrondos audíveis que interromperam a noite no Alasca, a 6.000 milhas de distância. Ou talvez aos tsunamis no Caribe, criados por uma forma rara de onda acústica que saltou sobre continentes e agitou os mares. No espaço, o clima também mudou, disseram cientistas da NASA no início deste mês, com os ventos da explosão acelerando até 450 milhas por hora quando deixaram as camadas mais externas da atmosfera. Isso redirecionou brevemente o fluxo de elétrons ao redor do equador do planeta, um fenômeno que já havia sido observado durante tempestades geomagnéticas causadas pelo vento sun.

É por isso que, quando os pesquisadores começaram a vasculhar o fundo do oceano imediatamente ao redor do vulcão, eles esperavam encontrar uma paisagem retorcida. Certamente seria remodelado pela explosão e cheio de detritos. Os cientistas acreditam que a explosão foi o resultado de uma receita incendiária: magma quente e gasoso encontrando água do mar fria e salgada. Mas como exatamente esses dois ingredientes se juntaram com tanta força? Algumas das principais teorias centravam-se na ideia de um deslizamento de terra ou outro colapso das encostas do vulcão que ajudou a água a penetrar na câmara de magma. Isso também ajudaria a explicar o tsunami que matou três pessoas nas ilhas vizinhas de Tonga. Uma mudança maciça na rocha submarina também significa o deslocamento de uma enorme quantidade de água.

Uma equipe de cientistas do Instituto Nacional de Água e Pesquisa Atmosférica da Nova Zelândia, ou NIWA, observou recentemente algo diferente. Usando instrumentos acústicos montados em navios para mapear o fundo do mar, eles descobriram que o terreno realmente mudou – agora está coberto com pelo menos cinzas suficientes para encher 3 milhões de piscinas olímpicas. Mas tirando isso, não é tão diferente. As encostas do vulcão subaquático ainda são em grande parte como eram antes da erupção; as mesmas características ainda contornam o fundo do mar circundante. A menos de 15 quilômetros do vulcão, algumas dessas características ainda estão cheias de vida, com estrelas do mar e corais agarrados a montes submarinos rochosos. “A primeira coisa que fizemos foi um círculo ao redor do vulcão, e european pensei ‘Que diabos?’”, lembra Kevin Mackay, geólogo marinho da NIWA que liderou a expedição. “Apenas superou as expectativas.”

Uma área onde eles não se aventuraram foi emblem acima da caldeira, a depressão deixada para trás quando o vulcão explodiu. O grande navio de pesquisa de Mackay, cheio de cientistas e tripulantes, não se atreveu a navegar até lá – não por causa do risco de grandes explosões, mas por causa dos pequenos arrotos de gás que poderiam subir do native da erupção. “Essas bolhas de gás podem derrubar navios, e já fizeram isso antes”, diz ele. Mas eles suspeitavam de destruição general. Ilhas que surgiram do mar pouco antes da erupção foram dilaceradas pela explosão, sugerindo uma cratera abaixo da superfície.

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Um dia depois que a equipe do NIWA divulgou suas descobertas, um segundo grupo de pesquisadores dos Serviços Geológicos de Tonga e da Universidade de Auckland ajudaram a preencher o mapa. Usando um navio menor que estava menos exposto às bolhas, a equipe saiu pela caldeira com um conjunto semelhante de instrumentos acústicos. Sim, generation um buraco tudo bem. O corte tem 4 quilômetros de largura e 850 metros de profundidade, e surpreendentemente limitado, cercado pelas encostas originais do vulcão. “O que temos aqui agora é um buraco muito grande e muito profundo no solo”, explicou Shane Cronin, vulcanologista da Universidade de Auckland, em uma entrevista coletiva em Tonga. “Isso nos ajuda a entender por que a explosão foi tão grande.”

Os dois conjuntos de observações estão ajudando os cientistas a reconstruir uma enorme explosão subaquática diferente de qualquer outra que eles puderam estudar antes. A imagem revela que Hunga parece ter explodido para cima e para fora. À medida que a caldeira se desfez nos estágios iniciais da erupção, isso provavelmente introduziu uma inundação de água do mar que encontrou regiões profundas de magma, desencadeando uma reação em cadeia. Mais água do mar, mais magma, mais explosões.

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Fonte da Notícia: www.stressed.com

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Osmar Queiroz

Osmar é um editor especializado em tecnologia, com anos de experiência em comunicação digital e produção de conteúdo voltado para inovação, ciência e tecnologia.

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